Pandemia provoca revolução sexual com maior uso de aplicativos e consumo de pornografia

Restrições impostas pela Covid-19 impulsionaram novos hábitos sexuais e mudaram relação com o desejo

Da redação | 14/06/2021

O desejo tem força, o desejo tem asas. Mas aí no meio do caminho teve a pandemia, que bagunçou o coreto do conceito. Modulou a força, aparou as asas, ergueu muros. Com a quarentena, deixar a imaginação fluir se tornou praticamente a forma mais segura de adequar o prazer aos novos protocolos. Mais de um ano depois, por onde caminha o desejo?

Enquanto o mundo foi se fechando, sites de filmes pornográficos abriram suas portas, com amostras de conteúdo gratuito para entreter os confinados, e aqueceram seus números. A indústria de produções de “conteúdo adulto” teve que encaixar seu processo nos moldes do distanciamento social, diminuindo cenas com vários atores por conta do alto custo de testagem para Covid-19. Aplicativos de paquera, como Tinder e Happn, multiplicaram usuários em busca de um match para chamar de seu e registraram um sensível aumento na duração das conversas entre os adeptos. 

O tema, hábito sexual em tempos de coronavírus, está no horizonte de uma pesquisa que envolve cinco universidades do país. Também pulsa em trabalhos exibidos num museu virtual criado para dar corpo às aflições da alma quarentenada.

— A sexualidade é algo lúdico, envolve ficção, tem regras, relação com o outro. Com o cotidiano modificado pela pandemia, muitas vidas foram empurradas para a abstinência. Isso é fator de risco para a saúde mental. O corpo está confinado, mas a fantasia, não. E, se você não encontra uma solução, enlouquece — analisa o psicanalista Christian Dunker.

'Pandemic Love' de Santi Graph, obra do projeto Covid Art Museum Foto: Santi Graph / Divulgação

A busca por sanidade pode ser contabilizada. Os canais Playboy TV e Sexy Hot tiveram aumento de 13,1% e de 11,7%, respectivamente, no tempo médio assistido, entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, se comparado com meses pré-pandêmicos. Na internet, a curva segue o mesmo caminho, de alta. No primeiro bimestre deste ano, o site do Sexy Hot já superou em 33% as visualizações registradas em março e abril de 2020.

— Essa tendência de crescimento já vem ocorrendo nos últimos anos, porém, por conta da pandemia, tivemos um aumento de intensidade — diz Cinthia Fajardo, diretora-geral do Grupo Playboy do Brasil, que administra o Sexy Hot.

Produtoras que, de início, não conseguiram surfar na onda do isolamento viram que o melhor era unir forças. Dez delas, incluindo Xplastic e SafadaTV, criaram em maio o streaming Quente Club.

— A pandemia mudou a forma de consumo. As pessoas estão dispostas a experimentar novos conteúdos — diz Roy LP, diretor-geral da LFV, que administra a plataforma.

A psicanalista Regina Navarro Lins sabe do que ele está falando:

— O desejo faz parte da sexualidade, da vida das pessoas. Se as pessoas estão confinadas e não podem transar como gostariam, elas se masturbam, transam pela internet com alguém do outro lado ajudando na excitação ou recorrem a filmes pornôs. E eles estão melhorando, repensando o prazer feminino, incluindo mais erotismo. As pessoas acabam se sentindo mais seguras vendo a pornografia, e me refiro àquela que não é violenta, discriminatória.

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